SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA DE TRÊS ESPÉCIES VEGETAIS NATIVAS DO CERRADO BRASILEIRO

Autores

  • Gustavo Ferreira Pereira
  • Brenno Sousa Mundim Porto
  • Weverson Junio da Silva
  • Maria Zizi Martins Mendonça
  • Jéssica Davi de Aquino
  • Nayguel Sabino Sousa
  • Maycon Eduardo Ferreira Silva
  • Matheus Andrade Giannini
  • Leonardo Machado da Silva
  • Thiago Luiz de Souza
  • Thays Cunha Vieira
  • Cássio Resende de Morais

Resumo

O Brasil representa um dos países com maior biodiversidade, abrigando cerca de 30% da fauna e flora mundial. Dentre a ampla biodiversidade vegetal observada no cerrado brasileiro, destaca-se as espécies Annona crassiflora, Caryocar brasiliense e Hymenaea courbaril. Tais espécies apresentam relevante destaque em função da sua contribuição na manutenção da biogecenose e em aspectos econômicos, bem como são apreciados em processos de recuperação de áreas degradas por atividades antrópicas. Uma das etapas fundamentais em processos de recuperação de áreas degradadas corresponde à produção de mudas em viveiros em larga escala. No processo de produção de mudas de espécies nativas, a superação da dormência de sementes tem sido um dos grandes desafios enfrentados. Nesse sentido, o presente trabalho teve como objetivo avaliar diferentes métodos artificiais no processo de superação da dormência de A. crassiflora, C. brasiliense e H. courbaril visando agregar conhecimento as técnicas artificiais para produção de mudas nativas em viveiros. Para superação de dormência de sementes de A. crassiflora, foram empregados tratamentos térmicos, choque térmico, escarificação química (H2SO4) e física, bem como imersão em ácido giberélico (Ga3). Para superação de dormência de C. brasiliensis foram empregados tratamentos térmicos, choque térmico e imersão em Ga3 combinado com tratamento térmico. Para superação de dormência de H. courbaril foram usados tratamentos térmicos, choque térmico, escarificação química (H2SO4) e física. Nenhum dos tratamentos artificiais adotados para superação de dormência de A. crassiflora e C. brasiliense foram eficientes. Escarificação química com 100% (73,33%) e 80% (76,63%) H2SO4 por 20 minutos de exposição, tratamento térmico na temperatura de 100°C (80,00% - 20 minutos de exposição), bem como escarificação física (73,35%) foram eficientes para superação de dormência de sementes de H. courbaril. Nas condições experimentais testadas e nos métodos utilizados, não foram observados métodos eficazes para superar dormência de A. crassiflora e C. brasiliensis. Métodos de escarificação química e física, bem como abordagens térmicas demonstraram ser efetivas para superação de dormência de H. courbaril.

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Publicado

23/04/2020